Ser e não ser
Um vendaval tomou meu horizonte
enquanto eu me detinha a perguntar
se eu me sustinha ou me lançava ao mar,
pois é do mar que jorra a eterna fonte,
a fonte desse amor que já foi meu
e agora já não sei se ainda existe.
E, se me lanço ao mar, cansado e triste,
eu tento reviver o que morreu
mas não me deixou livre e hoje me prende
ao mesmo mar, que foi a minha vida
e agora é só lembrança. O meu amor,
por ser e por não ser, inde hoje rende
aonde quer que eu vá, nessa sofrida
e triste escravidão que não tem cor.
28/06/2008