OS NADAS QUE ESCREVI !

OS NADAS QUE ESCREVI !

Os nadas que escrevi, em vã glória

Circunspecto da minha sapiência

Não encarnam os dons da eloqüência

Nem revelam a imagem da memória

Não são créditos, por que os não têm

Nem de méritos providos, deles ausente

Do retrós, são alinhavos ao desdém

De ergástulos, surgidos certamente

São do néscio, os nadas preteridos

Qual rosa que fenece, já sem rama

Pelo estertor da dor, já consumidos

Clamores de quem chora e os derrama

Feitos de pigmeu, por tempos idos

Eis aqui, o retrato de minha fama !

São Paulo, 28/06/2008

Armando A. C. Garcia

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E-mail: armandoacgarcia@superig.com.br