O ROUXINOL E A IARA
Ingente é esse treino para o qual prepara
e para as intenções da busca que açodara.
Se é rara aquela voz, porque brota da fonte,
insonte solta o canto. Enquanto não desponte
a ponte, outro caminho, a vez do espaço aberto
e perto, nessa busca, o coração desperto.
Incerto é ouvir o som de um rouxinol, bem cedo:
No ledo amanhecer, a ave sente o medo
do enredo em que estará. Mas seu cantar é belo!
Singelo, inspirador, o canto é puro anelo
e apelo ao estro ausente e nunca se escancara
seara alguma: apenas chama, ao longe, a Iara.
Se alçara o seu olhar, saber vasto almejara,
mas rara e mui fortuita é a vida que depara.
Ingente é esse treino para o qual prepara
e para as intenções da busca que açodara.
Se é rara aquela voz, porque brota da fonte,
insonte solta o canto. Enquanto não desponte
a ponte, outro caminho, a vez do espaço aberto
e perto, nessa busca, o coração desperto.
Incerto é ouvir o som de um rouxinol, bem cedo:
No ledo amanhecer, a ave sente o medo
do enredo em que estará. Mas seu cantar é belo!
Singelo, inspirador, o canto é puro anelo
e apelo ao estro ausente e nunca se escancara
seara alguma: apenas chama, ao longe, a Iara.
Se alçara o seu olhar, saber vasto almejara,
mas rara e mui fortuita é a vida que depara.
Fragmento adaptado da Coroa de Sonetos “Anelos”:
Soneto Mestre retirado do tópico sonetos.
Amargo, Nilza Azzi, Carlos Alberto Fiore, Paulo Camelo, Ronaldo Rhusso
Criação coletiva com mote de Ronaldo Rhusso.
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