Soneto IV
Por entre águas a se passar
Oh mar salgado! Quanto do teu sal
Fora oncocercose de Portugal?
Que esquizofrenia calcular!
Oh meu mar! Qual, pois moralidade
Ganharas-te então tu de sódio?
Por diencefalomaníaco ódio
Oh meu mar! Faltara-lhe idade
Fora uveíte? Papiledema?
Corioretinite avançada?
Que neurose jorrara plena
Qu’nviuvara a mulher amada?
Talvez glaucoma, talvez hifema!
Talvez nada