O QUE FALTA É SAUDADE
(para ser lido de cima para baixo ou de baixo para cima)
Na luta de estranhos porém conhecidos
Corações aos pedaços que seguem partidos
Histórias de vidas, de almas queridas
Passado comum que o futuro apagou
Imagens roubadas, nem foram pintadas
De tudo o que a mente do peito extraiu
Coragem não falta, o que falta é saudade
Dos tempos de medo que a doçura partiu
Da vida aflorada em prazer e verdade
Estranhos olhares de um tempo sem dor
Amigos de sempre que falam de amor
Anadijk
Houten, 24/06/2008
Ps. Exercício literário inspirado em proposta do poeta francês Stéphane Mallarmé (1842-1898) onde as linhas de um poema podem ser lidas em ordem invertida sem perder o sentido ou estrutura.