O Velho Viajante
O Velho Viajante
Ele é o meu velho e a mim tudo confessa,
Atende aos gestos - flete lento as pernas
Mas os seus olhos correm tantas léguas
Que até meu lenço voa ao ver sua pressa.
Eu sou capaz de ser o seu cajado
Até levá-lo ao mundo que merece
E enquanto a água quente a mente o aquece...
A gente escuta e enxerga o que é engraçado
E enquanto asseio a exposta cartilagem...
A gente mente e aposta na viagem,
A gente alegra e dança num tablado,
A gente jura, é o som de um belo fado
E enquanto a vida aqui não me aparece...
Eu sou sua mente e a gente tudo esquece.