MINHA MATUTA QUERIDA

Nesta noite linda, és minha lua, saudosa Fulô,

Banhando-me a alma de luz neste lúgubre São João.

Trago para ti um balão cheinho de amor,

E no peito ainda uma ardente fogueira de paixão.

Alavantu ! Cá estou eu, cadê teus carinhos?

Anarriê! Agora voltei, segura firme minha mão.

São noites frias, eu comigo sempre sozinho,

Feito um seco jardim sofrendo no verão.

Por ter perdido o cheiro da própria essência.

Que levastes para sempre, eternamente,

E eu só, fiquei na saudade e constante clemência,

Pedindo aos céus um lugar pra ti bem decente,

Onde moram as estrelas que muitas reverências,

Merecem dos poetas mais românticos e carentes.

Jairo Lima
Enviado por Jairo Lima em 23/06/2008
Reeditado em 23/06/2008
Código do texto: T1047669