MINHA MATUTA QUERIDA
Nesta noite linda, és minha lua, saudosa Fulô,
Banhando-me a alma de luz neste lúgubre São João.
Trago para ti um balão cheinho de amor,
E no peito ainda uma ardente fogueira de paixão.
Alavantu ! Cá estou eu, cadê teus carinhos?
Anarriê! Agora voltei, segura firme minha mão.
São noites frias, eu comigo sempre sozinho,
Feito um seco jardim sofrendo no verão.
Por ter perdido o cheiro da própria essência.
Que levastes para sempre, eternamente,
E eu só, fiquei na saudade e constante clemência,
Pedindo aos céus um lugar pra ti bem decente,
Onde moram as estrelas que muitas reverências,
Merecem dos poetas mais românticos e carentes.