ANGÉLICO

 

 

 

Um caminho percorrido tem um fim,

Que pode ou não ser um ponto demarcado,

Na beirada, a cada metro um querubim,

Faz a luz do trajeto iluminado.

 

Em centos metros, vê-se um Serafim,

A entoar sonoridades sem pecado,

Faz o soar de ponteiro e bandolim

Pairar no ar por tempo indeterminado.

 

A lira angélica faz a absorção

Dos fluidos do cansaço, e o caminhante,

Vê os pés que assim levitam sobre o chão...

 

Bastou a ele ter certeza delirante,

E olhos à evidente iluminação,

Fé se faz pelo caminho, e vai adiante.

 

José Carlos De Gonzalez
Enviado por José Carlos De Gonzalez em 21/06/2008
Reeditado em 22/06/2008
Código do texto: T1045354
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