ANGÉLICO
Um caminho percorrido tem um fim,
Que pode ou não ser um ponto demarcado,
Na beirada, a cada metro um querubim,
Faz a luz do trajeto iluminado.
Em centos metros, vê-se um Serafim,
A entoar sonoridades sem pecado,
Faz o soar de ponteiro e bandolim
Pairar no ar por tempo indeterminado.
A lira angélica faz a absorção
Dos fluidos do cansaço, e o caminhante,
Vê os pés que assim levitam sobre o chão...
Bastou a ele ter certeza delirante,
E olhos à evidente iluminação,
Fé se faz pelo caminho, e vai adiante.