AQUELE OLHAR
®Lílian Maial
Ele me olhou como quem olha e vê.
Como um descrente que, por ver, duvida,
E, em duvidando, no final, já crê,
E crendo, busca a terra prometida.
E o seu olhar de tela de Monet,
que redesenha a flor desvanecida,
guarda a ninféia em seu ateliê,
e, na retina, a musa mais garrida.
Ele me olhou de frente e de soslaio,
com os olhos firmes, num olhar de ensaio,
caleidoscópio, teia, doce ardil.
Seus olhos mudos nunca revelaram,
Porém meus olhos – ébrios - se enganaram:
Ele me olhou, mas sei que não me viu...
*******
18.06.08
®Lílian Maial
Ele me olhou como quem olha e vê.
Como um descrente que, por ver, duvida,
E, em duvidando, no final, já crê,
E crendo, busca a terra prometida.
E o seu olhar de tela de Monet,
que redesenha a flor desvanecida,
guarda a ninféia em seu ateliê,
e, na retina, a musa mais garrida.
Ele me olhou de frente e de soslaio,
com os olhos firmes, num olhar de ensaio,
caleidoscópio, teia, doce ardil.
Seus olhos mudos nunca revelaram,
Porém meus olhos – ébrios - se enganaram:
Ele me olhou, mas sei que não me viu...
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18.06.08