FADA
Álamo a me proteger, mãe natureza,
Na solidez da pedra, me desmancho!
Em mil pedaços e me refaço!
Surge o vento a me despentear com frieza!
A dor me entorpece na noite escura!
Lágrimas em mares de nostalgia,
Ditadas na alma, já sem energia!
Busco suavidade na lisura!
Amargas desilusões me carregam!
Sou andante sem destino,
Enclausurada no tocar do sino!
Muito além, na mais alta colina!
Avisto, a mais bela fada!
A me dar suas mãos louvadas!