Soneto de amor inclausurável
Duetos, tercetos, quartetos...
Inutilidade é, tentar enclausurar
O amor em sonetos
Mas ao poeta não é clausura
Não há censura, é única ternura
E plena ciência de que não existe mensura.
Em suma é infindo, em resenha não tem fim,
Em resumo é infinito, em tese não existe término assim
Encontra-se nestas linhas, nestes versos
O acho em você depara-se em mim.
Mas em explicações inexplicáveis me perco
Ao tentar realçar este termo, caio num ermo
Salvando-me por inapreciável valência:
Independência de métrica e plena doação para vivência.