Cadeira de Balanço

Havia uma leve melodia no som do balanço.

O embalo da cadeira tão ininterruptamente

rangia no assoalho com um frenesi avanço

nas sombras nubilosas que invadiam a mente.

Os ponteiros do relógio de um tic tac ranço.

Os olhos perdidos e os lábios vagarosamente

ensaiavam um ham ham sonoro acorde manso

de uma repetida canção de ninar suavemente.

Enquanto esperava o tempo lhe fazer crescer

e quem sabe, companhia para não sentir-se só,

empurrava forte os pés aumentando o embalo.

E quando o tempo chegou não pode esquecer

a cadeira de balanço, o assoalho na casa da vó

e aqueles braços que embalaram o seu regalo.

sempresol
Enviado por sempresol em 17/06/2008
Reeditado em 22/06/2008
Código do texto: T1038877