Cadeira de Balanço
Havia uma leve melodia no som do balanço.
O embalo da cadeira tão ininterruptamente
rangia no assoalho com um frenesi avanço
nas sombras nubilosas que invadiam a mente.
Os ponteiros do relógio de um tic tac ranço.
Os olhos perdidos e os lábios vagarosamente
ensaiavam um ham ham sonoro acorde manso
de uma repetida canção de ninar suavemente.
Enquanto esperava o tempo lhe fazer crescer
e quem sabe, companhia para não sentir-se só,
empurrava forte os pés aumentando o embalo.
E quando o tempo chegou não pode esquecer
a cadeira de balanço, o assoalho na casa da vó
e aqueles braços que embalaram o seu regalo.