O céu não é o limite
Séculos além, na imensidão do céu,
eu te encontro a navegar trovões
por entre astros de tamanhos mil,
a espalhar no céu o teu encanto.
E te pergunto, então, se reconheces
este que aqui está em frente a ti,
e vejo que a memória não é dom
apenas meu: inda sou vivo em ti.
Eu vejo que aquilo que sentimos
nos tempos idos que ora relembramos
num mundo diferente do que então há
foi algo tão profundo, tão marcante,
que, passadas gerações, passado tudo,
em nós permaneceu, em nós está.