INSONETO SÁTIROS AIS EM UM JARDIM SECRETO
Sátiros ais em um jardim secreto
Atirei-me no covil profundo de teu olhar
Casto-castanho-vermelha-flor
E fui amarrado com correntes no aço-pecado
De minha tua carne pétalas, fragrâncias.
Vi as asas de tua loucura alçar vôo murmuroso.
Ao ser sentir invadidamente
Completa pelo ardor brutal
De meu corpo petrificado, pulsante, alado.
Ancorei meu corsário errante
Em teu porto descanso beijos florais
E hasteei a bandeira de tua eternidade
Dos silenciados pudores sátiros
Mas! Ainda desejo o vulcano sabor
De teus picos em primavera.