DESÂNIMO
Que se pode fazer da vida, quando,
não há mais nada, enfim, para fazer;
nem avançar, nem parar, retroceder
e mesmo assim ter que seguir andando.
Somente resta o coração pulsando,
para um insípido e cinza amanhecer.
Quem me dera! Pra sempre adormecer
e nunca mais ter que acordar chorando...
Vou tropeçando e caindo, contrafeito,
gosto amargo na boca, dor no peito,
mas se eu soubesse com fervor orar;
Imploraria à Deus, em última prece,
se só um sopro de vida eu tivesse,
pra nessa terra nunca mais voltar...
Que se pode fazer da vida, quando,
não há mais nada, enfim, para fazer;
nem avançar, nem parar, retroceder
e mesmo assim ter que seguir andando.
Somente resta o coração pulsando,
para um insípido e cinza amanhecer.
Quem me dera! Pra sempre adormecer
e nunca mais ter que acordar chorando...
Vou tropeçando e caindo, contrafeito,
gosto amargo na boca, dor no peito,
mas se eu soubesse com fervor orar;
Imploraria à Deus, em última prece,
se só um sopro de vida eu tivesse,
pra nessa terra nunca mais voltar...