ANGÚSTIA



Angústia imensa me comprime o peito,
enquanto cruzo a tortuosa estrada
do mundo, enfim, que não se leva nada;
vou duvidando do que mais aceito.


Do rio da vida perseguindo o leito,
nessa corrente triste e magoada
e na sombra oculta de uma dor calada,
lanço-me à margem, triste, contrafeito...


Já descrente do amor de fantasia,
o meu olhar se perde na fronteira
aonde a alma procura a solidão.


Definindo o que quero, no queria;
a negação que eu sou, no que seria
e cada sonho de amor, em ficção...


Ravatsky
Enviado por Ravatsky em 14/06/2008
Código do texto: T1033974