Eternamente/sim

Quando penso em vão que meu mal tem cura

De já não viver mais desesperado,

Uma sombra vã vem lá do passado

Dobrar meus males com amargura.

Trabalho em vão, sonho descuidado,

Um leve engano que raramente dura!

Se durar, em matar-me só procura

Na longa ausência, em duro estado!

Eu já ando do mundo tão esquecido,

Que não há razões nem acontecimentos

Que me devolvam da vida o sentido.

Tão entregue ao meu mal e descontente,

Eu gasto o dia, as horas e os momentos:

E assim eu passo a vida vã eternamente.

Alssyno Dantas
Enviado por Alssyno Dantas em 14/06/2008
Reeditado em 26/11/2008
Código do texto: T1033501
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