SEM RAZÂO

Entre as bênçãos do céu é a que mais quis
e perfiz, com constância, o meu caminho.
No carinho, que ao léu deixou perfis,
a raiz dessa ânsia eu adivinho,

ou sublinho que possa estar melhor,
ao redor desse mundo indiferente.
Sou somente uma poça e sei de cor
o pior e redundo a escolha à mente...

Sendo assente uma norma a mim imposta,
quem aposta questão do meu destino?
Tal um hino transforma a iniciativa,

seja viva a noção dessa proposta.
Se a suposta reforma eu subestimo,
elimino a razão por minha diva.


 

Fragmento adaptado da Coroa de Sonetos  “...E nem busquei”:

Soneto Mestre de Ronaldo Rhusso

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