Fogo meu ...
Saia de mim o fogo das quimeras;
Que triste sina esfacelo nas mãos.
Ah! Deusa malvada se tu quiseras,
eras senhora dos meus sonhos vãos.
Ardam em fogo lento meus poemas;
Na triste sina ... que é acabar...
Serás centro de todos os dilemas,
na tua negação ao verbo amar.
Soltem no fogo a minha traição,
porque ela assim, será purificada;
Somente as cinzas em mim ficarão.
Minha verve será crucificada,
viverei na mais estranha ilusão;
Meus poemas ... nunca mais serão nada.
António Zumaia