Fogo meu ...

Saia de mim o fogo das quimeras;

Que triste sina esfacelo nas mãos.

Ah! Deusa malvada se tu quiseras,

eras senhora dos meus sonhos vãos.

Ardam em fogo lento meus poemas;

Na triste sina ... que é acabar...

Serás centro de todos os dilemas,

na tua negação ao verbo amar.

Soltem no fogo a minha traição,

porque ela assim, será purificada;

Somente as cinzas em mim ficarão.

Minha verve será crucificada,

viverei na mais estranha ilusão;

Meus poemas ... nunca mais serão nada.

António Zumaia

António Zumaia
Enviado por António Zumaia em 24/01/2006
Código do texto: T103115