ABANDONO
Vi o deserto, aquecendo o ser austero,
tornar vero o pisar no solo ardente,
iminente e horrendo: pouco espero!
Degenero a escaldar sob essa lente...
Sigo rente. Se as luas se sucedem,
tempos medem; quisera ser feliz.
Vem, condiz! Pelas ruas nada vedem.
Sonha um éden e altera! Por um triz
não perfiz minha trilha. Fico à margem.
Na bagagem, não tenho nada mais!
Solto os ais! Vem ó filha, ó meu encanto!
Entretanto, se avenho nessa aragem,
abordagem que estilha esses casais,
a mim traz um ferrenho e forte pranto.
Vi o deserto, aquecendo o ser austero,
tornar vero o pisar no solo ardente,
iminente e horrendo: pouco espero!
Degenero a escaldar sob essa lente...
Sigo rente. Se as luas se sucedem,
tempos medem; quisera ser feliz.
Vem, condiz! Pelas ruas nada vedem.
Sonha um éden e altera! Por um triz
não perfiz minha trilha. Fico à margem.
Na bagagem, não tenho nada mais!
Solto os ais! Vem ó filha, ó meu encanto!
Entretanto, se avenho nessa aragem,
abordagem que estilha esses casais,
a mim traz um ferrenho e forte pranto.
Fragmento adaptado da Coroa de Sonetos “...E nem busquei”:
Soneto Mestre de Ronaldo Rhusso
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