AS ILUSÕES, O SONHO E A POESIA
As ilusões dispersam-se de lento,
deixando-nos atrás, bem longe, atrás!
Se a esperança não morre, se desfaz
a nossa fantasia em um momento...
Os sonhos, ó meu Deus, como é falaz
minha ilusão, meu sonho, a fantasia!...
Tão pouco do sonhado me viria,
de tão pouco, Senhor, eu fui capaz!
Agora, que me resta? Nada mais
que um sopro de esperança e a aguarrás
que sobra da lavagem da ilusão.
Não! Não! Ainda há muito, há a Poesia
a me amparar até o último dia
e ir comigo em eterna comunhão...
13 de Julho de 2003.