Desesperado...
Vou entre vagas, vou assim veemente,
Atravesso o inverso do teu verso,
Que ri, sorri, flori, qual minha mente,
Que canta, dança, voa no universo...
Gosto entre desgostos do teu gosto,
Qual a comida dos meus ancestrais,
E que, nas minhas veias, são meus sais
Das poesias do teu mar deposto...
Vingam sementes deste teu soneto,
E alcunham meu desejo emaranhado,
Pelas entranhas que formam teu jeito...
Vou entre muitas rimas, aprisionado,
Juro que não quis deixar de ser correto
Ao te amar assim, tão desesperado...
Gigio Jr (Novos Poemas – 2007)