INVERNO


As árvores, despudoradamente nuas,
marcas reais de que o inverno já chegou,
em sua caduquice jogam pelas ruas
as vestes que não usam mais, já gastas ou

inúteis vestimentas, ressecadas, mortas...
Abusos  cometidos  no auge do verão,
os verdes luxuriantes que erigiam  portas
aos excessos do sol,  abrasador,  então.

Cipó-de-são-joão floresce pelos campos,
as cores do capim vão do vinho ao marrom
e há flores amarelas completando o tom

da vida que procura lançar as sementes,
a fim de conseguir que sejam mais frequentes,
os sonhos... Mais que a luz de simples pirilampos!


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