TRISTEZA INERTE QUE INVADI

Sou um prosador de Lisboa

Sem eira nem beira,sem caminho

Ausência d`amor,meu destino

Sou um Lisboeta sem coroa

Eu aventurei-me pela dor

Eu aventurei-me por Pessoa

Nas minhas loucuras de Lisboa

Sou a dor que clama por ardor.

Não vendo o além-mar na visão

Tão comum à terra em que nasci

Tristeza inerte que invadi.

Fui caminhos de um rio Tejo

Esqueci os trilhos cristalinos

Desaguei num mar sem hinos.