Cena Brasileira
Compadre Lemos.
Balança a rede pro menino não chorar!
Diz a mãe, à filha maiorzinha.
Uma, na sala... e a outra na cozinha.
E o menino, chorando sem parar!
A mãe aflita, pois sabia o motivo
De tal choro, de tanto desespero:
Na cozinha, nem comida, nem tempero
Ou qualquer coisa, que o mantivesse vivo!
E vem pra sala, pois o choro aflitivo
Da criança, forte, alto, incisivo,
Seu instinto maternal já não aceita!
O seio flácido, onde leite é esperança
Oferece maquinal, ela, à criança.
E a Morte, paciente, fica à espreita!
Compadre Lemos.
Balança a rede pro menino não chorar!
Diz a mãe, à filha maiorzinha.
Uma, na sala... e a outra na cozinha.
E o menino, chorando sem parar!
A mãe aflita, pois sabia o motivo
De tal choro, de tanto desespero:
Na cozinha, nem comida, nem tempero
Ou qualquer coisa, que o mantivesse vivo!
E vem pra sala, pois o choro aflitivo
Da criança, forte, alto, incisivo,
Seu instinto maternal já não aceita!
O seio flácido, onde leite é esperança
Oferece maquinal, ela, à criança.
E a Morte, paciente, fica à espreita!