QUE FAÇO?
As lágrimas nos olhos represadas
são frios cristais a ferir-me o peito...
Fazendo lembrar que não há mais jeito
de retornar o tempo à velha estrada...
Calam na boca, todas as palavras...
Tal pássaros sem asas se confrangem,
ao ouvir as palavras que inda tangem
em canções perfeitas que me lavravas!
Que faço agora desse amor tristonho,
tão teimoso e insano a riscar-me a alma
de forma tão fatal e feiticeira?
Que faço da saudade sorrateira
que me toma inteira e me tira a calma
tornando amargos os versos que componho?
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