Espinho na Carne
Há como um espinho na carne
Que me atravessa todo o ser
Talvez, para que eu ainda possa crer
E que de Ti, por todo, não me aparte
Quando desejo toda a glória
Por feitos frutos de meu esforço
Que desejo inserir na História
Tu me fazes meu próprio estorvo
Como um tolo, sou flagrado quando penso que sou forte
Tu me deixas subir na minha ilusão mundana
E diante de mim só aparece a certeza da morte
Abuso de sua grande misericórdia, a minha única sorte
E lá de cima, de minha ilusão, chamo por Ti
E novamente, em teu seio, me sinto forte