Silêncio Puro e Água Fria

Sou no céu neblina branca verso ao mar

escorrega, sal e água, em pleno dia

silêncio morto de uma gama, sem luar!

me ampara em braços fortes e água fria!

E por que não em braços fortes me atirar

se aconchego no teu colo o meu vão estraçalhar?

Sim, minto bem em te dizer versos espertos

e na mentira vive meus desejos tão despertos!

E se em verdades eu não possa te falar

Entenderia no silêncio ou versos nobres

ou nesse pranto as palavras que eu calar?

Rouba o silêncio tanta coisa pra falar

entedia estreito vão discursos pobres

e me regala puro e insano o seu olhar!