Ao Ciúme Nosso
Das adversas veredas ao ataúde,
És, certamente, nosso eficaz veículo
Num disparate certeiro ao nosso retículo
Onde mantenho a dela e a minha saúde.
Expondo desta maneira em simples artículo,
Vê-se a vergonha forjada pela atitude
Do excesso de querer pra si tanto e amiúde
Que nos deixa frágeis à beira do ridículo.
Se combater-te não podemos, e agora?
Aceitaremos a desonra de outrora
E atiraremo-nos do mais alto cume?
Não! Pois que és tu inferior à nossa paixão!
Não mais daremos azo à tua confusão,
Então, deixe-nos em paz, sádico Ciúme!