FINGINDO...

FINGINDO...

Finjo que não te vejo, finjo não te amar

Fingindo levo a vida, tentando me enganar

P’ra saciar minha sede, meu desejo, de querer

Eu morro à mingua de sede, sem tua água beber

Fingindo, fujo à verdade, e ao amor que te dedico

Dissimulo, aparentando não querer o que abdico

E de tanto fingir chego a pensar que te esqueci

No letargo sonho que sem ti, nesta vida vivi

Como é triste fingir, quando se finge até de si

Mas o mais triste é conter o desejado querer

Que a vida inteira cobiça o amor que está em ti

Se a inocência predomina no fingimento do amor

É qual poesia sem rima, triste forma de viver

Fingindo engano a vida, qual roseira sem flor

São Paulo, 31/05/2008

Armando A. C. Garcia

E-mail: armandoacgarcia@superig.com.br

Site: www.usinadeletras.com.br

Armando Augusto Coelho Garcia
Enviado por Armando Augusto Coelho Garcia em 04/06/2008
Reeditado em 07/06/2008
Código do texto: T1019496