Sou à sombra do espaço contíguo.

O superlativo que inunda o vento,

Aquele ultraje rarefeito e ambíguo.

A ofensa que fustiga o elemento.

 

Porque ofereço a dor um sorriso.

A agonia um apreço o lenimento.

Para aguardar o forte grito undoso,

Nas parábolas espúrias do intento.

 

O relativo controverso e obsceno.

No intervalo do efeito um veneno,

Sou tanto assíduo como obscuro.

 

A pura latência libidinosa do fato:

Viver torto mesmo sendo exato.

E provar do sangue forte e escuro.

 

 

Gerson F Filho
Enviado por Gerson F Filho em 03/06/2008
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