Teu corpo
Teu corpo é a grande cidade;
meu pesadelo a arquitetônico,
trás-me gotas de infelicidade
em teu veloz voou supersônico...
Dá-me nacos de imoralidade
num estado que lhe é lacônico
vejo em teus becos a crueldade
por meus olhos de daltônico...
Sobre tuas antenas parabólicas
vejo minha utópica sanidade
escorrendo por tuas enxurradas...
E abraçado por nauseas e cólicas,
vejo juntar-se à minha verdade
ao lixo jogado nas calçadas!