ESTRANHO


Não te conheço, nunca nos falamos,
mas hoje entramos pela mesma porta...
Atrás de nós, florescem muitos ramos
e a floração, em cores nos conforta.

Se a natureza parecera morta,
refloresceu, porque hoje nos amamos.
Já o que passou, é vago e não importa!
Cantem pra nós, gentis, os gaturamos.

Porém, estranho, como pude amar-te
e te entregar meu corpo nesse ardor,
fazer de ti apoio e baluarte?

Foi só porque (a fim de que eu me farte),
fingiste bem sentir um grande amor:
sublimação... beleza... uma obra de arte!


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