(quase com as mesmas)

Soneto

Em cada canto, se acha um fazendeiro,

Que a filha do vizinho e da vizinha

Escuta, espreita, encoxa e até apadrinha

Pra levá-la ao motel ou ao puteiro!

E em quanta porta, um vil bisbilhoteiro,

Que fala de quem veio, virá e vinha;

Se há um ruído, a voar, sai da cozinha

E é certo: Assim, já vi, de seu banheiro!

E agora, nos tercetos, não por Lei

De me recolher cedo, irei bradar

Que é Teresina o pasto que mostrei!

E me perdoe o Pai ou Satanás,

Mas minha Capital me fez lembrar

A Bahia de mil anos atrás!

a 26/03/07