Soneto de Solidão
Relembro, olhando um velho álbum, meu amor.
Seus olhos brilhantes, sua elegância discreta;
Suas mãos tão firmes, seu coração de condor.
Ao fundo do retrato uma porta entreaberta.
Meu amor ao meu lado, muita felicidade.
Hoje não está aqui, se foi sem minha permissão.
Vejo teu rosto emoldurado em bela idade;
Seria, hoje, o mesmo tomando meu coração?
Seu coração de condor longe de mim está.
Ainda espero sua volta sobre a ventania,
E para sempre ao meu lado, estará algum dia.
Relembro a foto que no meu álbum ficará
Com promessas de um futuro bem promissor.
Então me pergunto aonde foi parar meu amor?