MANHÃ ROSICLER

Se o sono foi pesado, a culpa não foi dela
e quase sem descanso, a noite foi-se embora.
Os sonhos que sonhou, fugiram desde a hora
em que o primeiro raio entrou pela janela.

Num mundo de ilusões, a lua foi senhora;
sumiu bem no horizonte,  atrás de uma cancela,
sem dar sequer adeus a quem  em vão apela,
por seus feixes de prata, enquanto ela descora...

Se a rua enfim se encontra em cores, vê-se aquela
pequena construção e a torre  a marcar  hora...
A cada badalada, um coração implora
que atrás da densa névoa, ela apareça, bela.

Porém nessa manhã, a cor tão rosicler,
só traz a solidão... E um nome de mulher!


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