Noturno

de uma prosa que tive

com o poeta Maykell Francis

Poeta, mas não de pétalas feito,

Que a ser palmatória de um mundo, assiste,

Mudo, ao próprio sangue descer do peito!

E é simples: Porque as mãos não são de ferro,

E, aguado, insiste um mundo em ser triste

Prontamente, enquanto os olhos descerro!

Mas há que poder nas mãos e na mente

De quem se põe sempre, a uns pés, de joelhos,

Se for a um sarau, os (meus) olhos vermelhos?

Menestrel que beira a vôos tão somente!

Pois sim! De joelhos, suba as escadas

(Quem sabe, com duas cruzes no bolso,

E um), Caburé novo e trêmulo que ouço

De igrejinhas lindas e abençoadas!

a 28/05/08