Soneto do Silêncio

Fiz do meu silêncio uma arma mortal,

Cortante como teu olhar no deserto;

Na intenção de atingir teu riso aberto,

Empunhar-te-ei meu sigilo fatal.

Tua indiferença será, pois vencida,

Quando não mais conseguir me escutar;

Serás como um barco perdido no mar,

À procura de quem lhe salve a vida.

A noite te será bem dolorida:

Verás meu silêncio como uma ferida,

Que nunca se cicatriza e faz doer.

No fim reconhecerás meu doce olhar;

Sentirás que nunca deixei te amar,

Que tudo fiz para não te perder.

LLP
Enviado por LLP em 29/05/2008
Reeditado em 01/04/2009
Código do texto: T1010261
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