CHEGADA

Delicado ramo que pela janela entra.

Mansamente, assim como quem nada quer.

Quem seria? Ah, minha alma já se levanta.

Dispersa as dores...onde foram? Não sei dizer.

Todo o horizonte transparece mais humano,

mas pleno de sonhos, lendas, fadas...

Voa para longe o pássaro do desengano.

Nunca mais verei a lua profanada.

Esse olhar que me dás é pálpebra de rosa pura

que aspiro nesse silêncio prenhe de ternura

rasgando, finalmente, esse véu silencioso.

Olho para o ocaso -- lembro teu olhar tão radiante.

É música que preenche os meus instantes

de sinceridade - esse meu bem mais precioso.

(Direitos autorais reservados).

Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 28/05/2008
Reeditado em 03/06/2011
Código do texto: T1009452
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