Os corcéis
Vem, amor, abandonemos a quimera,
Voemos nas asas de safira da canção
Que anoitece em nós o céu com viração
De riqueza sedutora e face bela.
Por ti o meu corcel se desatrela,
Por mim galopa já teu coração,
O pegaso é o heróico da emoção
Do remanso apaixonado és a estrela.
Desvelos nas graças com sedução,
E além, transfigurando o hábil gesto,
Torrentes enlaçadas no infinito da paixão!
Mas adiante sobre o enleio manifesto
Rio ébrio na celeste fluição
Do êxtase que propõe a imensidão.