Ocaso do Pescador

O mar é o mesmo, mas sob um céu diferente

o mesmo onde eu brincava em tenra idade

observo-o agora iluminado pela lua nascente

ébrio, com meu peito ardendo de saudade.

Sobre a mesma areia em que corria alegremente

sem cansar, nos alvos anos de minha mocidade

cambaleio, esta noite, para as ondas lentamente

entre lembranças de meus tempos de felicidade

Ao mar de onde sempre tirei o meu sustento

Lanço minhas lágrimas, pela juventude perdida

e deixo que as ondas levem o meu lamento

Meu corpo alquebrado pelo cansaço desta vida

Rejuvenescido pelo toque da água e do vento

Lança-se, enfim, nas vagas em despedida

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 27/05/2008
Reeditado em 02/10/2008
Código do texto: T1008100
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