À lua

Meu rosto ficará ruborizado

quando o céu desabar

e meu coração for soterrado,

então respirarei o ar

sem gosto do bom-senso

e calmo pedirei perdão

para o céu que se fará denso

a contaminar toda a razão,

que eu, poeta, já nao tenho

e, eterno, buscarei com empenho

atravessar a rua

mal sinalizada do destino

e quando soar o último sino

masturbar-me-ei à lua!

Odair J Alves
Enviado por Odair J Alves em 26/05/2008
Código do texto: T1006148
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