À lua
Meu rosto ficará ruborizado
quando o céu desabar
e meu coração for soterrado,
então respirarei o ar
sem gosto do bom-senso
e calmo pedirei perdão
para o céu que se fará denso
a contaminar toda a razão,
que eu, poeta, já nao tenho
e, eterno, buscarei com empenho
atravessar a rua
mal sinalizada do destino
e quando soar o último sino
masturbar-me-ei à lua!