Dama indócil
O mar canta entre ondas o teu nome
E exausta estás, não ao meu lado
Salpicando tua risada tão insone
Despejando em outros lábios mel aguado.
Nas noites que aguardei desesperado
Que voltasses com o sorriso de quem some
Tremi frio, senti febre, passei fome
Desmaiei sobre as vozes do passado.
Enquanto tu, entre as sujas realezas
Agraciava com o gemido que harpejas
Exploradores desdenhosos das entranhas.
Derramando teus encantos sobre as mesas
Tu, a mais puta das princesas!
Tu, a mais nobre das piranhas!