PUNHAIS
Amolado,
afiado.
Traiçoeiro,
certeiro.
Alvo sem frente,
só às costas...
Punhais de decepção,
punhais da traição.
Não marca dia,
nem hora.
Transcende o ilusório,
não têm nem território!
Punhais de dor,
de amor...
Um amor só seu,
que retorna em ponta:
sem aviso,
sem pena,
sempre às costas...
Punhais sanguinolentos
que amterializam a alma em dor.
Dor de amor.
Um de cá,
outro de lá...
Somam em sangue pelo chão aquilo o que vc tem de melhor...
Matam a alma sem compaixão,
sem razão.
Punhais...
De onde vêm?
Talves do amor, produto de dedicação,
que nimguém viu,
nem sentiu...
São meus...
Guardo junto da alma velada,
num canto escuro do coração.
Dou-lhe um, dois...
Quantos são? Não sei!!
Punhais...
Meros punhais,
caminhos da vida.