Corpos de néon. Soneto sem verbo

Autor: Daniel Fiúza.

16/03/2003

Os néons, nas cores fosforescentes,

Dois corpos lindos nas folhas de prata

Entre ouros pragmáticos aparentes

Futuro da vida, à verde mata.

Pesos apocalípticos conscientes

Na cabeça inoxidável e grata

Nos grandes amores dissidentes

E na mulher à graça duma gata.

Nas tantas madrugadas famintas

E nas cabeças lindos pensamentos

Pelo olho do homem, setas sucintas.

Em todas as carências congênitas

Desse amor, em simplórios sofrimentos!

Nova esperança das fomes finitas.

Domfiuza
Enviado por Domfiuza em 22/05/2008
Código do texto: T1000950