O curioso caso de Benjamin Button, o rejuvenescimento e envelhecimento

Vale a pena ler - em branco e preto, em interessante histórica inversão: Benjamin nasce velho, aos poucos, nos surpreende com seu rejuvenescimento. É adotado por uma família e uma mãe que o ama muito. Contudo, sofre na guerra e o seu retorno heroico, lhe ensina a se valorizar: com serenidade vai abrindo caminhos de realização. O mais importante é a lição a que o filme se predispõe: viver cada dia como a dialética do envelhecer e morrer. Viver como se pudêssemos viver só por hoje: morrer como se não houvesse mais a oportunidade de estar aqui. Morte e vida é a dinâmica do filme, vivida de modo insólito, corajoso e analiticamente existencial. Perdemos e ganhamos algo quando partilhamos e vivemos para os outros. E, ao perder, ganhamos a experiência e morremos sem responder as perguntas que fizemos ao longo da vida. Aquele ditado de que "o idoso volta a ser criança" talvez seja verdade à medida que a criança não morre nunca em nós. E fica a questão: Se vivêssemos de novo, o que faríamos?