O MEDO

Quando a manhã corta a esperança

Em partes que se perdem na rotina

E a gente esquece o ritmo da dança

O coração não dobra mais a esquina.

Uma dor sempre retida na retina

A cor única que na vista nos cansa

Quando a manhã corta a esperança

Em partes que se perdem na rotina.

Passo dado, mas nada mais avança

Nem o corpo se atenta a uma buzina

O medo nos evita da ponta da lança

Mas na tarde calma ele nos assassina

Quando a manhã corta a esperança.

Cláudio Antonio Mendes
Enviado por Cláudio Antonio Mendes em 23/03/2025
Código do texto: T8292251
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