Chove... chuva fina, pegadeira, dolente...
Melancólico, o vate espia da janela!
Observa a paisagem gris, e anela
Encontrar o derradeiro amor tão somente!
Por onde ele andará? Até quando esta espera?
A busca é incessante, contínua, fremente...
Chove... Chuva fina, pegadeira, dolente...
Melancólico, o vate espia da janela!
A chuva fina é a eterna confidente
Dos solitários da vida... Desperta sonhos,
Traz pingos de saudades, gotas de lembranças
E inunda o bardo com as águas da esperança!
Chove... Chuva fina, pegadeira, dolente...