A Flauta
Habitávamos obscura e frígida gruta,
Obtuso espaço que chamávamos de lar.
No entorno de tudo havia, até fruta
Não tinha nem como, porquê reclamar.
Um dia,tudo se desfez, até a mata,
Você tornou-se fria e nada de amar.
Habitávamos obscura e frígida gruta,
obtuso espaço que chamávamos de lar.
Ouvira o som encantado duma flauta!
Não era a música, mas o mago Merlin
Quem habitava teu sono naquela data.
O som parou e o amor chegou ao fim.
Habitávamos obscura e frígida gruta.
Referência:
MALLMITH, Décio de Moura. A Flauta (Poema). In PalavrAção – XI Antologia da AELN. p. 109. ISBN: 978-65-998578-0-5. Cidreira: PalavrAreia Editora Popular, 2022.