Resta um pingo de veneno

Resta um pingo de veneno,

E o desejo de atitude,

Uma faísca que, amiúde,

incendeia o ser terreno.

Resta um grito ainda pleno,

com timbre de juventude,

Resta um pingo de veneno,

E o desejo de atitude.

Por trás do olhar sereno,

Em meio à decrepitude,

Um ideal nunca é pequeno,

Pese a falta de saúde,

Resta um pingo de veneno!